Ela começou a correr para “jogar os bichos para fora” e aliviar o stress, desde então, coleciona medalhas e vive em busca de novos desafios. Esta é Maria Terezinha Fontana Caldas, 54 anos, empresária, moradora de Campinas, São Paulo, há quatro anos participante do circuito Run Series.
Além das provas de corrida de rua feitas pela Track&Field, Terezinha teve outra importante influência vinda da marca: sua participação na Maratona da Muralha da China. Depois de ler uma matéria a respeito da maratona publicada na revista Tracks, editada e distribuída pela Track&Field, resolveu embarcar nessa aventura. “Quando li a reportagem disse pra mim mesma – É isso que quero, um desafio muito grande, algo que mobilize minha mente e meu corpo. – E lá fui eu.”
Inicialmente, Terezinha iria sozinha, porém durante os treinos conseguiu convencer duas amigas a participarem da jornada, Cláudia Maruoka e Iraci Severino de Oliveira. Todas treinaram intensamente durante quatro meses. “Corríamos muito na rua, fizemos treinos de subida e esteira com inclinações de 10 a 15%. Os treinos eram de matar, principalmente os treinos de escada mas, quando pensava nas muralhas o cansaço ia embora e a vontade de treinar reinava”.
Iraci Severino Oliveira, Terezinha Caldas e Cláudia Moruoka
Já na China, durante o “Inspeccion Day”, dia do reconhecimento da área da prova pelos atletas, os participantes puderam andar pela muralha, tirar fotos e conhecer o ambiente. Dia 16 de maio, foi o grande dia. “Saímos do hotel às três horas da manhã pois, a largada aconteceria as 07h30 e tínhamos pela frente três horas de viagem. Faziam oito graus e eu nem sentia o frio, tamanha emoção.”
Dois mil inscritos, de 45 países, todos focados nos 42 km e 3.700 degraus do percurso da maratona que passa também por vilarejos e trilhas de pedras. A estrutura do evento conta com postos de água e distribuição de frutas a cada cinco quilômetros e um staff preparado para sinalizar o trajeto correto durante o percurso. A prova não incentiva a premiação em dinheiro, por isso seu lema é “Run for Fun”.
“Gostei muito da parte do percurso em que você sai da muralha e entra no vilarejo. Lá os moradores ficam estimulando os corredores e apertando a mão de todos. Eles gritam em chinês: “Ponha gás! Vá em frente! Não pare!”. As crianças gritam e correm ao seu lado também. Até os bem velhinhos ficam sentados em suas cadeiras acenando e gritando sem parar. É muito lindo e especial. Quando retribuímos o sorriso, eles se derretem”, descreve a atleta.
Terezinha conta que ao cruzar a linha de chegada a sensação foi de plenitude: “Pensei, se consegui vencer esse desafio, então posso ir mais além e vencer os desafios e dificuldades que a vida me dá no dia a dia. Foi incrível!”. A corredora confessa que pretende voltar no ano que vem para conhecer um pouco mais o país e participar da corrida novamente.
Para conhecer detalhes da maratona e saber como participar, acesse o site oficial do evento clicando aqui.