8 de agosto – Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Post 27

A prática de exercícios físicos é benéfica na prevenção de doenças coronarianas e contribui para a elevação do nível de colesterol bom no sangue, o HDL. Mas até pouco tempo atrás, havia dúvida sobre o que acontecia com o LDL, chamado de colesterol ruim, causador de diversos males ao ser humano. 

O estudo que traçou um paralelo entre os exercícios físicos e a redução do colesterol foi realizado por uma equipe do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo (Incor). “Os músculos, ao serem estimulados com a atividade física, vão consumir o colesterol LDL”, explica José Antônio Ramires, pesquisador do Incor, cujo estudo constatou que a prática de exercícios físicos auxilia na diminuição do colesterol ruim. A pesquisa serve como um estímulo às pessoas que possuem nível elevado de colesterol e não praticam nenhum tipo de exercício.

O trabalho de Ramires envolveu 18 pacientes. Após a escolha dos participantes, foi medido o nível de colesterol LDL em cada um. Em seguida, sessões de exercícios e novas medições foram feitas. Nessas análises verificou-se que houve uma rápida redução do nível de LDL no sangue desses pacientes. “O exercício influenciou os músculos a consumir LDL”, aponta o pesquisador.

Outra pesquisa feita por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) comparou os benefícios de exercícios aeróbicos e a eficiência de cada um no combate ao colesterol. A metanálise – revisão de vários trabalho anteriores, comparando os resultados – foi feita por Eduardo Prado e Estélio Dantas.

Entre os dados revisitados pela pesquisa estão aqueles que dizem que mesmo indivíduos que executam atividades aeróbicas moderadas chegavam a aumentar o nível do HDL, o colesterol bom, em até 40%, após cinco meses de treinos (quatro dias por semana). Mesmo indivíduos em nível de obesidade conseguiam diminuições consideráveis do colesterol ruim apenas com uma rotina semanal de exercícios leves, além de diminuir o peso (o que também ajudou a melhorar os níveis do colesterol ruim).

Para conhecer outros fatores de risco que contribuem com o aumento do colesterol, clique em ‘Ler post…’.

Post 21 - bDa Redação do blog ‘O que eu tenho?’, parceiro Track&Field


Um estudo chamado Interheart, coordenado por Salim Yusuf, da Universidade de McMaster, do Canadá, apontou o colesterol LDL elevado como um dos principais fatores de risco para o enfarte do miocárdio no mundo. Além do colesterol, a pesquisa mostrou que os demais complicadores são: tabagismo, estresse, diabete, hipertensão arterial e obesidade abdominal.  

Em compensação, o trabalho apontou como fatores de proteção a atividade física, o consumo diário de frutas e verduras e a ingestão moderada de bebidas alcoólicas. Profissionais da área médica atestam que controlando esses fatores, combatem-se em 90% as doenças do coração. 

O que é o colesterol ruim

O LDL pode ser entendido como um tipo de “gordura” presente no sangue. Ele pode ser fabricado no fígado ou originado pelos vários alimentos consumidos. O nível elevado desse tipo de colesterol pode se acumular nas artérias causando, entre outras coisas, ataque cardíaco, derrame e enfarte.

O colesterol elevado não apresenta sintomas, daí a importância de conhecer o nível de LDL, já que existe tratamento eficaz. As Sociedades de Cardiologia, tanto a americana quanto a brasileira, recomendam que todas as pessoas a partir dos 20 anos façam a medição dos níveis de colesterol no sangue, ao menos uma vez a cada cinco anos.

Outros fatores para os quais é preciso estar atento

• Estar acima do peso
Se você está acima do peso ideal, perder alguns quilinhos pode contribuir para que seus níveis de colesterol se reduzam consideravelmente. Uma rotina de exercícios físicos ajuda você a entrar em forma, a regular o apetite e de quebra a diminuir seus níveis de colesterol.

• Não consumir gorduras “do bem”
Estar com níveis de colesterol acima do ideal quer dizer que é preciso reduzir o consumo de alimentos com muitas gorduras também. Mas para toda regra há exceção. Alguns tipos de alimentos são ricos em gorduras que se transformam no HDL (colesterol bom). Abacate, nozes e azeite são fontes de gorduras monoinsaturadas que também ajudam a diminuir os níveis do LDL (colesterol ruim). 

Outros alimentos ricos em ômega-3 também são importantes. Por isso não deixe os peixes, como o salmão, de fora do cardápio. Leia mais sobre o assunto aqui e aqui.

• Não consumir fibras o suficiente
As fibras contidas em certos alimentos podem ser do tipo solúvel ou insolúvel. As fibras solúveis – que podem ser achadas em aveia, maçãs, alguns tipos de nozes e vários cereais matinais ou pães integrais – são o ideal para ajudar a combater os altos níveis de colesterol. Pesquisas indicam que aproximadamente 15 g de fibras solúveis por dia, consumidas durante dois meses, podem diminuir em até 5% os níveis de LDL no organismo. Leia mais aqui.

Post 21 - bDa Redação do blog ‘O que eu tenho?’, parceiro Track&Field

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