Treinar sob baixas temperaturas não aumenta gasto calórico
Com as temperaturas mais baixas do inverno, há quem prefira se jogar para debaixo dos cobertores e abandonar os treinos de corrida, principalmente ao ar livre. Conversamos com Raul Santo de Oliveira, pós-doutor em fisiologia pela Escola Paulista de Medicina da Unifesp e professor da Universidade São Judas Tadeu, para saber as implicações do frio no organismo. Nesta reportagem, desvende o mito sobre a perda calórica no inverno. Semana que vem, contamos as precauções que devem ser tomadas antes de sair pela rua nessa época do ano.
Muito se fala em praticar exercícios durante inverno para acelerar a perda de peso. A possível explicação seria o maior gasto calórico para manter a temperatura corporal diante o frio do ambiente. E é nessa armadilha que muitas dietas vão por água abaixo.
Estatisticamente, aponta o Dr. Raul, a perda calórica do treino em ambientes mais frios é insignificante. Além disso, as pessoas tendem cometer dois erros graves: diminuir a carga de trabalho e ingerir ainda mais calorias que o comum.
O primeiro pode ser explicado justamente pela estação mais fria do ano, quando ficar acomodado dentro de casa parece um programa mais interessante do que sair para correr pelas ruas. Já o segundo erro, ingerir mais calorias, envolve o mecanismo do corpo e também um pouquinho da percepção de cada um.
Nessa época do ano, o tipo de alimento ingerido é mais calórico e, por causa do frio, o hipotálamo – estrutura responsável pela regulação de processos metabólicos e do apetite, entre outras funções – “demora um pouco mais para ser avisado que está saciado”, explica Raul. Esse processo faz com que as pessoas comam mais.
Por isso, é importante ficar atento para não abusar demais na alimentação durante o inverno e também não desanimar na hora dos treinos.
Por Fabiana Coletta
Fonte: http://www.webrun.com.br
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