Tênis Newton e os novos móveis da sala

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Marcos Wellington Sales de Almeida é maratonista, professor de educação física, mestre em ciência da motricidade humana e possui sua própria assessoria esportiva.

Com todo esse know-how, Marcos está sempre ligado nas novidades do universo esportivo e ao ficar sabendo da chegada dos tênis Newton às lojas Track&Field, foi correndo garantir seu par.

Após alguns treinos, o atleta avaliou o desempenho de seu Newton e escreveu um ótimo texto para o TF Blog contando sobre sua experiênica:

“Sabe quando você troca de lugar ou adquire novos móveis para sua sala? Inicialmente há uma confusão visual e espacial devido à nova posição de mesas, cadeiras e poltronas, sendo necessário algum tempo para adaptação e tendo a obrigação de andar por esta sala inicialmente com a luz acesa.

Essa nova situação vivida e sua posterior adaptação, graças a rotina, recebem o nome de plasticidade neural, que é a capacidade do cérebro em se adequar as situações impostas, voluntárias ou não, no dia a dia.

Exatamente assim aconteceu com meu novo tênis. Num primeiro momento, achei estranho, parecia que tinha uma pedra ou algo parecido no meu terço anterior do pé. Sabia da necessidade de um maior tempo de uso para uma melhor adaptação, daí, logo no primeiro dia de posse deste, busquei colocá-lo na minha rotina de trabalho e treinos, para que as novas plasticidades (aprendizagem e memória) fossem facilitadas. Fiz um trote leve me adaptando aos “novos móveis da sala e com a luz acesa”.

No dia seguinte, fiz o meu primeiro treino de qualidade (treino intervalado), onde ainda em fase de aprendizagem, me senti mais familiarizado “na sala”.

Nestes treinos busco percebê-lo como um todo, o ritmo, a força exercida pelos membros inferiores, a coordenação dos braços, a posição dos pés, tendo agora como um novo elemento o momento do contato do pé com o solo. Percebi que este contato é feito utilizando toda a superfície plantar, ao contrário dos tênis tradicionais, que “obrigam” a impactar o calcanhar em primeiro lugar.

Quarenta e oito horas depois, realizei meu segundo treino de qualidade da semana, 9km intercalando ritmos, sentindo já uma melhor assimilação cerebral – já estava “andando na sala a meia luz”.

No sábado tinha na planilha um longo de 21km, aí sim poderia percebê-lo melhor, com mais tempo de uso e num outro tipo de treino. O dito cujo já tinha se saído bem nos treinos de velocidade, será que para o longo também seria legal? E aquela pedra (que já estava bem menor), iria aumentar de tamanho ou sumir de vez?

Assim, motivado e curioso, parti para este terceiro treino de qualidade da semana. Parecia que já éramos velhos conhecidos, já estava “andando pela sala à noite com a luz apagada”, tendo a percepção do tênis como um prolongamento dos pés, com uma bela estabilidade, tração e ótimo formato de pisada. Adaptação total, já esperando o próximo treino para usufruir desta maravilha.

Pontos negativos? Sim, claro. Um deles é saber que até a maratona de Santiago do Chile, que acontece em abril, terei que comprar um substituto, pois este estará bastante gasto.”

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